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Foto do escritorfinestrino

Dirigir no Chile: tudo o que você precisa saber

Desta vez a gente pegou a estrada bem a fundo mesmo, e percorremos 4.200km pelo país. Usamos a empresa Chilean Rent a Car e, pra nós, foi um serviço excelente e estava tudo certo quando chegamos e saímos.


Nesta viagem nós saímos de Santiago e fomos até a Isla Chiloé, que é basicamente a última parte chilena antes da Patagônia congelada. Não fomos ao Atacama nem nada, foi só o meio, a região conhecida como Los Lagos e as regiões dos vinhos.


CARRO EM SANTIAGO


Uma dica que eu te dou é para não locar carro EM Santiago. Isso quer dizer que, ficar de carro na capital é bem ruim e quase inútil. Alugue o carro se quiser fazer passeios pra fora da cidade, regiões próximas pra bate-volta ou se for o caso, como a nossa viagem maior.

Em Santi é muito ruim, pois o trânsito é um pouco caótico e não flui porque, apesar de ser muito legal eles darem a vez pros pedestres, isso em todas as rápidas e ruas acaba travando tudo. Então a gente sentiu que o trânsito lá não desenvolve, com exceção das marginais que já são parte da rodovia. Então perdemos muito tempo com isso. Achei irritante o trânsito lá na real.


Sem contar que o estacionamento público e privado é ULTRA caro. É cobrado por MINUTO nos estacionamentos, e na rua a cada 20 minutos. É uma paulada de estacionamento! (falo melhor lá embaixo sobre todos os lugares).


Aí achar uma vaga nos pontos de interesse demora demais, primeiro pelo trânsito que não desenvolve, segundo pra efetivamente achar uma vaga e terceiro pra achar uma vaga que não seja paga ainda!


Eu diria que esse foi o erro da viagem. Pra nós deu tudo hiper certo na programação, mas o erro foi ter ficado de carro em Santiago. Poderíamos ter economizado pelo menos 2 dias de locação, uns R$ 250 só nisso. =/


ESTRADAS


As estradas são ótimas! Todas as rodovias que passamos estavam em excelente estado, muito bem sinalizadas e eles estavam ainda fazendo mais e mais melhorias. Não dá pra se perder, errar entrada ou ficar na dúvida, tem placa por tudo, e está tudo novinho.



Agora, o fato é que no Chile tem MUUUUITO passeio em parques e reservas naturais e aí é que fica meio chato em alguns trechos. São trechos relativamente curtos, não pegamos nenhum com mais de 50km, de pedrinha. Não é terra, é aquele com pedrinha e que a gente tem que andar a 30km/h. Essas estradas estavam sinalizadas também onde era necessário, mas é sempre bom tomar mais cuidado aí. Pela preservação ambiental das áreas, eles não asfaltam mesmo.


Pra ir e vir entre cidades é muito tranquilo, e as estradas são vazias. Para chegar em alguns parques é estrada de chão, e menos movimentadas ainda.


POLICIAMENTO


Vimos muito policiamento por lá, em todos os trechos de rodovia, tinham policiais analisando e eventualmente parando pessoas. Vimos mais policiais ali do que na Argentina, e até estávamos esperando a hora de sermos parados, mas por sorte não fomos.


Ou seja, trate de dirigir direitinho, nas regras e na velocidade indicada, porque eles estão em cima mesmo, com postos policiais fixos e móveis também, por todos os lados e até em cima dos viadutos. Você não passa despercebido no Chile não.


GASOLINA


Pensa um soquinho no estômago! É o preço da gasolina por lá. Não está nada barato. Pegamos preços bem variáveis, e quanto mais pro sul, mais caro. Na época que fomos, pegamos valores entre R$ 4,38 e R$ 4,70 o litro. Sendo o mais barato em Santiago. Eu sei que no Rio e em alguns lugares a gasolina já está em R$ 5, mas aqui em Curitiba ainda não, então deu um susto.


Outra coisa bem importante: assim como na Argentina, não tem posto tão seguido igual aqui nas estradas. Pegamos trechos de quase 200km sem posto, ou só com posto do outro lado. Como já ficamos sem gasolina no meio da estrada na viagem Argentina-Uruguai, desta vez estávamos mais ligados, e quando víamos um posto, já completávamos pra garantir. Até tivemos um momento médio tenso, mas deu boa.


A gasolina é um fator importante pra você pensar na hora de escolher um carro pra locar. Nós pesquisamos os modelos disponíveis na Chilean Rent a Car, e optamos pelo Suzuki Swift porque ele é um carro HIPER econômico, que faz em média 19km/L. Gente, com a gasolina a quase R$ 5, isso foi uma tremenda escolha! (não é jabá pra Suzuki, tá?)

Não escolha qualquer carro na hora de viajar, é bom pesquisar isso também. Dá mais trabalho antes e tal, mas olha tudo que economizamos! Com esse carro usamos cerca de 220L, arredondando. Um carro que faz 12km/L, utilizaria 350L. Uma economia de mais ou menos R$ 600 só pela escolha do carro. SEISCENTOS REAIS. #reflitam


PEDÁGIO


Os pedágios variam de 400, 600, 2400, 2500 e 2600 pesos, que foram os valores que pegamos de Santiago até Chiloé. Na cotação atual, esses valores saem: R$ 2,36, R$ 3,54, R$ 14,16, R$ 14,75 e R$ 15,34. (fiz a conta mesmo sendo variável pela cotação pra vocês terem uma ideia melhor).


Em alguns momentos, pagamos pedágios em trechos de 100km ou até menos. Ou seja: é, não tá muito barato não. A coisa interessante é que, quando você está na ruta 5 (a rodovia principal que corta o país) e vai tirar pra entrar nas cidades, o pedágio custa ou 400 ou 600 pesos. Porém, se você já pagou o pedágio da principal, pode só apresentar o recibo e é liberado.



Guarde bem esses recibinhos, pois você tem um período de 6h ou 12h (depende do trecho/concessionária) para usá-los nas entradas das cidades. É R$ 3 apenas, mas em uma viagem grande, é uma economiazinha viu? Só tem 01 problema nisso: quando muda a concessionária. Aí não dá. Lá pra baixo, já na região de Puerto Varas que muda, então ali pode dar um ruim de não conseguir usar pra passar.


E sim, você só pode pagar com pesos chilenos, em dinheiro. Nada de tentar o migué e passar Real, ok?


ESTACIONAMENTOS


Pensa um treco mais caro que a gasolina e o pedágio. É o estacionamento nos centros urbanos. Aqui em Curitiba, você paga 1h na rua, R$ 2 o cartão. No Chile a cobrança é por-mi-nu-to. Sim, segura essa!


O maior drama é em Santiago, que é mais caro. O valor gira em torno de 420-450 pesos por 20 minutos. Cotação atual? R$ 7,96 a hora. Pra deixar na rua. Já em alguns estacionamentos subterrâneos, o valor é por minuto mesmo. Aí são 40 pesos por minuto. “Ah nossa, tranquilo, são só R$ 0,23, baratinho”. 1h = R$ 14,16. Não é barato não.


Nas cidades menores, o preço cai pela metade, e é também mais fácil achar ruas sem cobrança. É só andar 2 quadrinhas a mais, tá tranquilo. Foi bem mais aprazível nos outros lugares.


O muito curioso é que lá, não é um cartão ou parquímetro cobrando, são funcionários! Tem uma pessoa POR-QUADRA, que fica recebendo. Você estaciona, ela vai lá e põe um papelzinho. Na hora de sair, você chama essa pessoa, ela calcula e paga. É o Chile gerando empregos, e pra pagar essa gente toda dá-lhe cobrar caro o estacionamento, hehe. Faça chuva ou faça sol, eles estão lá, e o horário? Das 8h às 20h… das 8h às 22h… as 8h às 3h!! Não tem folga!


Um detalhe é que também encontramos raríssimos lugares que aceitavam estacionamento por período, como aqui no Brasil. Quer dizer que deixar o carro 1 noite parado, são mais ou menos R$120-150. Motivo pra você me ouvir (ou melhor, ler) e não ficar de carro em Santiago.


PAISAGENS


Ah, mas se é tudo caro, vale a pena mesmo? Cara, vale demais! Foi a paisagem mais linda que já vi, cheia de vulcões no caminho e achei muito sensacional isso, muito diferente, único! Também acho que pra ir nos lugares mais diferentes e nos parques mais bonitos, sem carro é BEM complicado. Na verdade, não só complicado, mas vai ficar ainda mais caro por conta de táxi, Uber ou excursões.

Eu cheguei a ver um dia quanto era o preço para ir com agência de Puerto Varas até a Ilha de Chiloé. Sem-or! Era R$ 225 por pessoa, parando na pinguinera + 1 cidade sem almoço nem nada. Gente, se liga, mais de R$ 450 pro casal? Nós de carro, fomos, voltamos, fomos na pinguinera, visitamos várias cidades (5, sendo exata) e pontos na Ilha, almoçamos os 2 e gastamos pouco R$ 300. Sem contar que fizemos tudo no nosso tempo, com as nossas paradas, etc.


Então sim, acho que vale muito a pena visitar o país de carro e poder chegar em pontos mais remotos, aproveitar melhor o tempo e parar onde quiser pra tirar foto.


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