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Como chegar e o que fazer na Ilha de Chiloé

Eu estava muito ansiosa pra escrever desse lugar TÃO mágico e tão diferente que conhecemos na viagem pro Chile! Desde que começamos a montar o roteiro, vimos a possibilidade de ir até Ilha de Chiloé, basicamente o último pedacinho de terra fácil de ir de carro e antes da Patagônia gelada.


Como estávamos hospedados em Puerto Varas, reservamos 1 dia completo para ir até a Ilha de Chiloé, que fica a mais ou menos 110km dali. A estrada é excelente, e tem alguns pedágios, de mais ou menos R$ 15 cada trecho. É tudo super indicado e não tem como errar. Chegando no final do continente, precisamos pegar um ferry que leva em torno de 20 minutos e sai o tempo todo pra lá. Cada trecho custou 12.000 pesos, cerca de R$ 70. (é, não é ultra barato, mas vale demais a pena!)

Chegando na ilha, você será direcionado a seguir até Ancud, primeira cidade para parada e visitação. Ela é pequena, claro, e tem todo aquele quê portuário/praia. Lá nós visitamos o museu da cidade, com entrada gratuita e história da ilha e das famosas igrejas de madeira.


Dali já seguimos direto para Puñihuil, onde fica a pinguinera. A estrada pra lá é bem fácil também, mas vai te tomar mais ou menos mais uns 30 minutos de estrada. A vista é fantástica, e você pode parar pra fotografar e apreciar a vista.

La na prainha onde saem os barcos para a pinguinera tem diversas empresas operando. O preço é igual em todas, 7.000 pesos (R$ 41) por pessoa. O que difere mesmo são os horários. Quando nós chegamos, a primeira empresa tinha barco pra sair as 13h45, e eram 12h quando chegamos. Fomos dar uma olhada em outra, e no fim conseguimos um barco saindo 12h15. Muito melhor né?

O trajeto é bem tranquilo, em uma lancha e cabem, se não me engano, 35 pessoas, todos de colete e no barco tem 3 tripulantes para qualquer assessoria. As águas ali são levemente revoltas, e ficam ainda mais revoltas quando damos uma volta e já começamos a entrar no oceano. São muitas pedras e fica BEM nervoso, hehe. Mas eles não são tão radicais, não chegam tão perto das pedras nem nada. É tudo controlado.


Lá pudemos avistar de longe pinguins de 3 espécies, e eles são a coisa mais fofa desse universo todinho! Mesmo tendo que ficar de longe por conta do controle ambiental, é super legal, e vale demais a pena. O passeio todo leva cerca de 30 minutos. Ele está caro hoje em dia porque o peso está caro.

Acabando o passeio, fizemos uma pausa para comer uma empanada ali mesmo, que tem alguns restaurantes. Optamos pela empanada pra ser algo mais rápido pra curtir a ilha e porque era mais econômico.


Dali saímos pra descer pra Castro, a maior cidade da ilha. É ilha, mas é grande, tá gente? Da pinguinera até Castro são 91km de estrada, e tem 2 opções de trajetos. Nós pegamos “por cima” e um pouco mais curto com a indicação de um garçom. A vista ali é arrebatadora, impressionante, magnífica, espetacular e o que mais vocês acharem de adjetivos. Sente:

Esse trajeto tem boa parte do caminho por estrada de terra, muitas subidas e descidas que estão sendo asfaltadas em alguns pontos porque senão carro normal não passa, só 4×4. E depois lá na frente chega na Ruta 5, asfaltada e tudo certo.


Nós tivemos um sério problema nessa rota aí. Atolamos! Como falei, ali por dentro as estradas são de terra e bem íngremes, e um ponto ainda estava em obras, e inclusive a indicação era de não pegar esse caminho, porém nos indicaram o contrário. Na subida estava tudo meio fofo por conta das obras e, faltando uns 3m para chegar na parte boa, atolamos. A sorte foi que, com as obras, tinha um caminhão com corda que pode nos puxar e os chilenos foram HIPER atenciosos, pacientes e prestativos com a gente. Foi tenso mas foi uma aventurinha que deu certo. Claro que se você está lendo esse post hoje, já está tudo beleza nessa estrada, e te indico fortemente ir por ela mesmo. Não pelo tempo de viagem, mas pela vista espetacular.


Bem, depois da emoção de atolarmos, chegamos em Castro. Ali é super agitadinho, tem um excelente ponto de informações turísticas inclusive, com mapa de tudo. Nós visitamos o museu da cidade, com entrada gratuita; também passeamos pelo sector Lillo, uma área cheeeeia de artesanato; fomos ao mirador Chacabuco onde pode-se ver as casas em palafitas (isso não é muito novidade pra brasileiro na verdade )que tem aos montes por lá, e tem até passeio de barco para avistar melhor; e é claro, visitamos a Igreja Patrimonio da Humanidade San Francisco de Castro.


Agora, uma coisa sobre as igrejas de Chiloé: espetaculares! Lá tem 16 igrejas inteirinhas de madeira, coloridíssimas e muito antigas pra visitar. É um complexo lindo e cheio de história, uma das principais atrações da ilha, inclusive. Elas estão espalhadas por toda Chiloé, e em 1 dia é impossível visitar todas. Nós conseguimos conhecer 4 apenas: a de Castro, a de Dalcahue que é uma cidade bem bonitinha também, a de Tenaun, que é basicamente só ela por si só, e Quemchi.

Dalcahue é uma cidade muito fofa, um clima de aconchego e na praça da igreja também tem vários cafés bacanas e lojas de artesanato.

Tenaun é basicamente só a igrejinha em um pequeno campo. Em frente tem uma casa que você pode pedir a chave da igreja para entrar, pode usar o banheiro ou comer alguma coisa. É uma família que cuida de tudo isso. A gente comprou um cuque de blueberry lá muito barato e delicioso!

Já em Quemchi, chegamos durante um espetáculo/apresentação de o que me pareceu ser grupos folclóricos. Na verdade não entendi bem o que era, mas a pracinha em frente à igreja estava tomada de gente com trajes tipicos e, por este motivo, não conseguimos fotografar bem a igreja pra mostrar aqui. Também lá pegamos um pôr do sol muito lindo!

Esse trajeto todo já estávamos subindo de volta para atravessar o continente. Como era verão, os dias acabam muito tarde e pudemos aproveitar demais a ilha! É uma pena que muitos turistas vão apenas para visitar a pinguinera. Sabe, além de um trajeto longo, é uma travessia cara (vide informação lá em cima), o passeio da pinguinera é relativamente rápido e Chiloé tem muito mais a oferecer.


Eu gostaria de ter dormido um dia ou dois lá, e ter conhecido as outras igrejas, cidades e parques nacionais. Infelizmente não tinhamos mais dias nessa viagem pra ficar tanto tempo! Mas olha, dica que eu te dou: sim, fique 2 dias em Chiloé! Ela merece.



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